17 de dezembro de 2011

At the end of this road I can see light

em tempos que agora nem recordo, ainda teenager mas já com apetências para os debates filosóficos e existenciais, conversava com uma amiga - de iguais apetências - sobre se a vida seria uma linha recta ou uma linha curva.

À data, acreditava que a vida se desenrolava numa linha curva que nos obrigava a voltar aquele ponto em particular para corrigir o erro, e depois continuar. A minha amiga achava que era uma linha recta, que caminhávamos sempre para a frente, sem olhar para trás.

Hoje, na perspectiva de um retorno, realizo que caminhei numa linha recta durante um determinado período até que avistei uma curva. Ao princípio pareceu-me de 180º, mas agora que me aproximo da esquina vejo que tem apenas uma inclinação de 170º, só o suficiente para que retorne a um determinado ponto, me reveja, e retorne ao caminho certo.

Caminhamos em frente, sempre em frente; acompanhamos a curva da estrada, fazemos um ligeiro U-turn, mas se estivermos atentos, não perdemos o rumo.
a vida encaminha-nos, e a nós, resta-nos caminhá-la.

todos os passos são preciosos para o fim que queremos alcançar.

1 comentário:

PIRII disse...

não sou nem pela linha recta
nem pela linha curva

a primeira proíbe o regresso [que tantas vezes acontece]

a segunda repete-se sobre si mesma, e constrange o motor que te arremessa para a frente.

sou pela teoria do simplesmente.

sabes o que importa e constroi? a serenidade.

tudo tem o seu sentido. agora ou mais à frente: tudo nos indica o caminho.